Pages

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Esperança


Estudando sobre problemas sociais e um pouco de sociologia, um assunto me chamou a atenção, sobre um país, Butão. Conhecido como Druk-Yul, "A Terra do Dragão", o pequeno reino do Butão está localizado no alto da Cordilheira do Himalaia, em uma encosta seis mil metros abaixo das altas montanhas cobertas de neve que o separam do Tibet.
Até o início da década de 1970, uma brutal política de isolamento levou o Butão a concentrar os mais altos índices de pobreza, analfabetismo e mortalidade infantil do planeta. Em 1972, juntamente com a abertura econômica, o recém empossado rei Wangchuck criou o conceito de Felicidade Interna Bruta (FIB), para redefinir o significado de desenvolvimento social e econômico.
A percepção dos cidadãos em relação a sua felicidade é analisada em nove dimensões: padrão de vida econômica, critérios de governança, educação de qualidade, saúde, vitalidade comunitária, proteção ambiental, acesso à cultura, gerenciamento equilibrado do tempo e bem-estar psicológico.
Hoje Butão – cuja capital, Thimphu, com 50 mil habitantes, não possui semáforos e só conheceu televisão e Internet em 1999 – vê os índices de analfabetismo e mortalidade infantil despencarem, a economia se recuperar e as belezas naturais continuarem intactas, com 25% de seu território delimitado por parques nacionais.
Desde o fim da década de 1990, observadores da ONU viajam ao país anualmente para estudar o jeito butanês de levar a vida. As mudanças foram reflexo da maneira como os butaneses passaram a observar a vida, valorizando somente o que realmente interessa. Eles se dizem, hoje, o povo mais feliz do planeta.
Toda essa história, é na verdade para falar sobre uma coisa, esperança. E
xistem muitas pessoas que estão agindo, apesar dos discursos apocalípticos. Podem-se ouvir pessoas falando coisas como "O aquecimento global vai acabar com tudo, a água está acabando, não há futuro!" ou "Pra que estudar se no futuro não vai ter emprego mesmo?" É preciso ter esperança sim de um futuro melhor, e para isso, o mais importante não é "Que mundo você quer deixar para o seu filho?" mas sim "Que tipo de pessoa você vai deixar para o mundo?"
Não adianta estarmos hoje, lutando e trabalhando para cuidar do planeta se "nossos filhos", que poderão ter problemas (ou não) no futuro, não souberem administrar os recursos. O mais importante então, é a preocupação com a educação, a educação da nova geração de jovens e crianças. Nós, atuantes (e futuros atuantes) na área da educação precisamos ser persistentes e cuidadosos nessa questão. E não podemos nunca perder a esperança, pois como já dizia Sérgio Britto, "Quando não houver mais solução, ainda há de haver saída... Ainda há de haver esperança, em cada um de nós, algo de uma criança..."

2 comentários:

Camila disse...

Nossa, vc esta escrevendo bonito demais. Até me emocionei. ^^ Parabens, linda. Vc sera uma grande profissional da sua area. Espero que escreva muitos livros.
Bjus,

Liliana disse...

Assim vc me deixa sem graça.. mas muito obrigada mesmo linda, vc é muito gentil isso sim!
Aproveita e volta a escrever.. saudades!