O amor platônico é entendido como um amor à distância, que não se aproxima, não toca, não envolve. Reveste-se de fantasias e de idealização. O objeto do amor é o ser perfeito, detentor de todas as boas qualidades e sem máculas. Ocorre frequentemente na adolescência, principalmente nos indivíduos mais tímidos, introvertidos, que sentem uma maior dificuldade de aproximar-se do objeto de amor, por insegurança, imaturidade ou inibição do ponto de vista emocional. Quem nunca passou por isso?

Ele fala sobre o surgimento de Eros. Mas antes, vale-se saber que na mitologia grega, Eros era o deus primordial do amor e beleza. Na mitologia romana, foi conhecido por Cupido. Na Teogonia de Hesíodo Eros, que mais tarde se chamaria amor, era um deus primordial, ainda não havia masculino e feminino e Eros expressava o impulso do universo em se manifestar, de trazer à luz o que estava oculto na escuridão. Em alguns mitos, Eros é o filho das divindades Afrodite e Ares. Nesse diálogo, Sócrates nos apresenta uma terceira versão de Eros. Suas idéias são a origem do conceito de amor platônico.
Acontece que o amor platônico é o mais incompreendido de todos os conceitos de Platão. As pessoas, que em sua maioria não conhecem a obra de Platão, pensam que amor platônico significa amor ascético ou assexuado porém isso não é verdade pois em "O Banquete", Platão apresenta o amor sexual como um ato natural, mas com raízes infinitamente mais profundas.
Para ele, o amor é um princípio cósmico, afirma que o amor é uma escada com sete degraus, que vão do amor por uma pessoa até o amor pelas realidades superiores do universo. O passo inicial nessa escada, para a maioria das pessoas, ocorre através do amor físico. Mas se você se apaixona por uma pessoa, atraída por qualidades e fixa-se exclusivamente nessa pessoa, nesse primeiro degrau de uma escada que possui muitos outros, permanece parado, em comparação a tudo que uma pessoa pode vir a ser.
Quando você está apaixonado, é como se o universo estivesse concentrado na outra pessoa. Isso não é necessariamente falso. Platão diz que, em certo sentido, o universo realmente está nessa pessoa. Você só precisa transformar essa dimensão e ver não apenas a pessoa, mas o universo nela.
O amor platônico é tão amplo e universal que, embora comece como amor pela forma bela, termina como o amor pela própria beleza, um princípio eterno do universo. Você é levado, de um modo muito natural, a perceber que todas as formas belas são dignas de amor, se torna sensível a todas elas. Platão emprega constantemente o termo beleza; a beleza das idéias toma-se tão ou mais real que a beleza física.
Amor e beleza estão ligados. Você vê beleza quando está amando. À medida que progride, você sente por todas as formas belas a espécie de exaltação que experimentou quando se apaixonou pela primeira vez. Quando permite que o amor o leve para a frente, você sai do particular em direção ao múltiplo.
Em seguida, você vê que a beleza da mente é mais maravilhosa que a beleza da forma. Platão afirma que você se apaixona pela qualidade da mente de uma pessoa mesmo que sua forma física não seja tão graciosa. Essa é uma progressão do concreto para o imaterial, sob a influência e inspiração do amor.
Então na escada do amor temos o segundo degrau que é amar todas as formas físicas belas. O terceiro que é amar a beleza da mente, independente da forma física à qual ela está associada. O quarto degrau que é a ética - o amor pelas práticas belas. Envolve integridade, justiça, bondade e consideração. É um passo mais abrangente e universal. Ele conduz ao degrau número cinco, que é o amor pelas instituições belas. No sexto passo você se apaixona pela ciência, que articula não só as leis que governam o indivíduo, a família e a sociedade, mas algo que transcende o meio local. A beleza da ciência é universal.
Depois de passarmos por todos os degraus, ocorre, no sétimo passo, uma diferença de gradação; subitamente você vê não a manifestação da beleza, mas a beleza em si. Esse é o ponto alto dos sagrados mistérios. O amor se expressa como a manifestação eterna da beleza em si. Você se apaixona pela essência que torna belas todas as coisas.
Por isso, os seres humanos certamente valorizam a experiência do amor e do sexo. Por meio de um amor sexual intenso, cada um de nós experimenta por breves momentos a autotranscendência e a abnegação. No sétimo degrau da escada, essa autotranscendência, que era breve e momentânea, transforma-se no estado natural onde passa-se a habitar em tempo integral.
Enfim, é certo que muitos de nós (para não dizer todos) já passou ou passa por uma situação de amor platônico semelhante à citada no início desse post, mas poucos são os que conseguiram subir a escada até o final. A verdade é que hoje em dia a moda é parar no primeiro degrau, no amor idealizado e egoísta. Felizes foram os poetas da era clássica ter a possibilidade de realizar o desejo amoroso mas, por opção, renunciar a ele. Apenas para provar que o amor (perfeito e eterno) está acima do desejo (físico e circunstancial).
Infelizmente, o que acontece hoje, em muitos casos, é o relacionamento físico apenas como meio para se obter prazer e/ou algum benefício. Como seria muito melhor se as pessoas conseguissem chegar ao menos na metade do caminho, na metade da escada, muita coisa seria diferente. É triste ver o rumo que nosso planeta está tomando, lamentável.
Para finalizar esse postque já está querendo mudar o foco quero parabenizar aquelas que são o símbolo do amor puro e incondicional, as mães. Parabéns para nós!
See ya!
Em seguida, você vê que a beleza da mente é mais maravilhosa que a beleza da forma. Platão afirma que você se apaixona pela qualidade da mente de uma pessoa mesmo que sua forma física não seja tão graciosa. Essa é uma progressão do concreto para o imaterial, sob a influência e inspiração do amor.
Então na escada do amor temos o segundo degrau que é amar todas as formas físicas belas. O terceiro que é amar a beleza da mente, independente da forma física à qual ela está associada. O quarto degrau que é a ética - o amor pelas práticas belas. Envolve integridade, justiça, bondade e consideração. É um passo mais abrangente e universal. Ele conduz ao degrau número cinco, que é o amor pelas instituições belas. No sexto passo você se apaixona pela ciência, que articula não só as leis que governam o indivíduo, a família e a sociedade, mas algo que transcende o meio local. A beleza da ciência é universal.
Depois de passarmos por todos os degraus, ocorre, no sétimo passo, uma diferença de gradação; subitamente você vê não a manifestação da beleza, mas a beleza em si. Esse é o ponto alto dos sagrados mistérios. O amor se expressa como a manifestação eterna da beleza em si. Você se apaixona pela essência que torna belas todas as coisas.
Por isso, os seres humanos certamente valorizam a experiência do amor e do sexo. Por meio de um amor sexual intenso, cada um de nós experimenta por breves momentos a autotranscendência e a abnegação. No sétimo degrau da escada, essa autotranscendência, que era breve e momentânea, transforma-se no estado natural onde passa-se a habitar em tempo integral.
Enfim, é certo que muitos de nós (para não dizer todos) já passou ou passa por uma situação de amor platônico semelhante à citada no início desse post, mas poucos são os que conseguiram subir a escada até o final. A verdade é que hoje em dia a moda é parar no primeiro degrau, no amor idealizado e egoísta. Felizes foram os poetas da era clássica ter a possibilidade de realizar o desejo amoroso mas, por opção, renunciar a ele. Apenas para provar que o amor (perfeito e eterno) está acima do desejo (físico e circunstancial).
Infelizmente, o que acontece hoje, em muitos casos, é o relacionamento físico apenas como meio para se obter prazer e/ou algum benefício. Como seria muito melhor se as pessoas conseguissem chegar ao menos na metade do caminho, na metade da escada, muita coisa seria diferente. É triste ver o rumo que nosso planeta está tomando, lamentável.
Para finalizar esse post
See ya!
2 comentários:
Parabéns pelo seu dia. Bjus
Quem nunca passou por isso...
=)
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