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domingo, 10 de maio de 2009

Oh Captain! My captain!


Post com conteúdo spoiler.
Gostaria de falar sobre um tema, e sobre um filme em específico, Sociedade dos Poetas Mortos. O filme conta a história de uma escola preparatória para jovens, a Academia Welton na qual predominavam valores tradicionais traduzidos em quatro grandes princípios: tradição, honra, disciplina e excelência. Começa com a chegada de um novo professor de literatura inglesa, o ex-aluno da escola, John Keating que volta à cidade anos depois.
Esse novo professor, Keating, apesar de ter sido aluno dessa escola tão tradicional, tem um método um tanto revolucionário em suas aulas. Cheio de humor e sabedoria, Keating inspira seus alunos, uma turma de adolescentes cheios de sonhos e vontade de viver intensamente, a abrirem sua mentes e seguirem seus sonhos e como ele mesmo dizia para seus alunos, "Carpe Diem!". Por estarem inseridos em um sistema acadêmico rígido e autoritário, com a chegada desse novo professor, os alunos se remetem a novas possibilidades e visualizações acerca do mundo em que vivem.
Por acaso, procurando saber mais sobre esse professor com um estilo tão diferente do autoritário que estavam acostumados a ter na escola, os alunos acabam descobrindo sobre uma antiga sociedade secreta, a “Sociedade dos poetas mortos” na qual Keating fez parte quando ainda era aluno. Descobrem então, com algumas informações do próprio Keating, como funcionava essa tal sociedade e acabam a “recriando”. Eles se reuniam em determinado horário para ler poemas de autores renomados e dos próprios alunos, servindo como estimuladores de ações e pensamentos.
No decorrer do ano, Keating tenta constantemente incentivar seus alunos a pensarem por si mesmos e encararem seus próprios desafios. Um dos alunos importantes na história é Neil Perry, que está na escola para fazer medicina, pois esse é o desejo de seus pais. Com esse novo incentivo, de viver intensamente e buscar realizar os sonhos, ele então descobre sua vocação, atuar. Com a desaprovação total de seu pai, Neil, após finalmente conseguir atuar em uma peça teatral, é ameaçado pelo pai a ser retirado da escola e ir para uma escola militar. Com essa nova perspectiva de vida, ou falta de perspectiva, ele resolve acabar com toda opressão tirando a própria vida.
Após o suicídio, a família de Neil processa a escola responsabilizando-a pelo desvio do jovem. A culpa, claro, recai sobre Keating, que acaba sendo expulso da escola, mas sem perder a honra, continua sendo respeitado e amado por seus alunos.
Nesse filme podemos observar a dura imposição profissional, educacional e capitalista que são expoentes da sociedade mundial. De um lado a escola, que visa somente ensinar e não em fazer com que o aluno aprenda a pensar. De outro lado, os pais, que não tendo uma boa condição financeira, acabam depositando todas as esperanças em seus filhos, preocupados para que tenham uma vida financeira melhor. E no meio de tudo, os alunos, que também são seres humanos com sentimentos e desejos íntimos sendo desvalorizados pelas regras impostas pelo coletivo.
Outro aspecto relevante no filme e que de fato, serve para mostrar a nossa realidade, é sobre a falta de comunicação entre pais e filhos. Um ato simples que pode certamente evitar uma tragédia.
Com a história do filme temos muitas expectativas no que se refere a qualidade no ensino, pois temos nele um ótimo exemplo de como deveriam ser os professores. Mas será que as escolas estão preparadas e prontas para aceitarem educadores com a mente tão aberta? Com metodologias tão informais, para ensinarem os alunos a pensarem e viver a vida intensamente?

1 comentários:

Camila disse...

Adoro esse filme. ^^
Desculpe, hoje eu meio doente. Sem cabeça para comentar. Bjus.